terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dois passos em frente, um atrás é assim que vives.


Dois passos em frente, um para trás... Ah como isto acaba por ser uma grande Verdade.
Tomar iniciativa, ir em frente, contudo pensamos demasiado e só procuramos o lado da consequência quando damos o passo em frente. Nem sequer pensamos que existem consequências boas, que dessas iniciativas e decisões poderão vir coisas muito boas que nos façam viver e reviver, temer e ganhar força. É então que recuamos, que receamos tudo e mais alguma coisa, mas receamos na verdade o quê?! O viver?!
Oh meus caros, viver significa ter um bocadinho de tudo:
Sentir tudo, desde a mais profunda tristeza, à mais tremenda satisfação, ao ponto auge da Felicidade! Significa desiludirmo-nos, significa encontrar forças onde menos julgamos encontrar. É Não sentir nada e ao mesmo tempo sentir tudo, se é que isto faz sentido para mim ou até mesmo para qualquer um de vocês.
Viver implica arriscar, implica pensar, implica sofrer e sentir dor, implica ficar dormentes. Esta dormência é um consequência de sentirmos tanto, que chegamos a um ponto em que parece que temos morfina em cima e para nós aquilo já não nos afecta de maneira alguma.
Viver implica ter de aceitar aquilo que não está nas nossas mãos controlar, implica termos de fazer escolhas e tomarmos as mais difíceis decisões que podem mudar a nossa vida no futuro.
Viver é relembrar o passado, não tendo propriamente de o trazer para o presente. Viver é estar no presente, é colher o momento do "agora". Viver é saber que há um futuro e que o passado e o presente terão influência no "amanhã", de alguma forma...
Nós temos medo do Viver, temos medo de tanta coisa, às vezes chegamos a deixar que o medo nos conduza. Então quando o medo nos impede de tomarmos certas decisões, de nos deixar pensar, quando nos bloqueia na escolha do nosso caminho é quando percebemos que vamos sair da nossa zona de conforto, onde já nos habituamos ao que é, o que era, o que acontece, o que aconteceu e o que pode acontecer. Quando sabemos o que o chão que sempre nos amparou a queda e que nos era tão familiar foi-nos retirado e partimos para o "desconhecido". Oh sim, é isso mesmo que mais receamos, que nos deixa tão preocupados com o que poderá ser que tentamos planear tudo ao máximo.
Porém, planear nem sempre resulta, não podemos adivinhar nem mexer no futuro. Ele vai acontecer, ele esta a acontecer aos poucos e nós quer queiramos quer não estamos a partir para o que não conhecemos, para o que nos vai atormentar mas no fundo mudar na mentalidade, na forma de ver as coisas.
O medo é bom na vida, é sinal que temos consciência que poderá haver alguma consequência que advém das nossas acções, mas não devemos pensar sempre no mau. Temos de nos aventurarmos, saber pensar sem nos fazer doer a cabeça, saber medir os passos.
Eu receio, eu tenho medo... Ui, sim tenho muito medo e esta insegurança leva-me a temer o desconhecido;
a temer as lembranças do passado;
a temer o futuro;
a temer a liberdade;
a temer a falta de consciência;
a temer as memórias;
a temer as pessoas;
a temer a segurança;
a temer o olhar e o sorriso;
a temer a confiança;
a temer o sonho;
a temer a saudade;
a temer o choro e o grito;
a temer a morte;
a temer a desilusão e a angústia;
a temer o Sentir, as Sensações;
a temer o pensamento;
a temer a evolução;
a mudança...
O silêncio que muitas vezes diz mais do que julgamos... Tanta coisa que eu receio.
Se deixo que isso me bloqueie, não, nem sempre.
Não posso, não podes, não podemos! O medo é para enfrentar e enquanto existir será como dar dois passos em frente porque assim tem de ser para te tornares na pessoa que tanto anseias. Para nos formarmos como seres humanos e para aprendermos que esse processo de aprendizagem enquanto pessoas dura a vida toda, não o podes impedir porque temes tudo e mais alguma coisa.
Os dois passos em frente serão o teu progresso e ambição, a tua persistência e determinação, o passo atrás será a consciência e o medo das consequências, o retrocesso ou uma tentativa falhada. Mas aos poucos andas, tomas o teu percurso.
É aos poucos, a viver tudo de todas as formas possíveis. A seres tu mesmo, a seres alguém. A caminha contigo mesmo/a e com quem te sentes segura.
Caminha e percebe que a Vida é para ser vivida mesmo que demores muito a vive-la. Vive intensamente e deixa-te levar pelas maravilhas e as coisas mais horrendas que te pode proporcionar. É apenas um desafio que te foi proposto porque ela sabe muito bem do que tu és capaz e que só tens é de conseguir passar por cima. A vida é a tua força, o melhor e maior bem, é aquilo que tu alcanças sem que ninguém te diga para onde deves ir e o que deves fazer ou seguir.
Se a deixas fugir então é porque nunca chegaste a ser quem tu sempre foste (se é que faz sentido).



Beijinhos, Ninocas *.*