domingo, 6 de outubro de 2013

Lisboa, menina dos meus Olhos


Aquele cheiro a não sei o quê... Não sei distinguir, mas é um cheiro único.
Aquele céu que é diferente do resto do Mundo.
Tens uma forte tendência para encantar os que vêm de fora e os que sempre viveram em ti!
Tens uma forte tendência para colocar um sorriso na cara das pessoas que te visitam e naquelas que te recordam quando foste importante na sua pequenez, na sua infância...
Trazes momentos aos amantes, que em ti investigam o que de melhor tens para dar, os locais românticos, o fado e a fortuna que os espera. O tentar imaginar um futuro, aproveitando o presente que lhes dás.
Crias inspiração em artistas, em cantores. És descrita em muitas canções que te enfatizam e te engrandecem ainda mais do que já consegues ser.
Movimentas motins, é em ti que se situam as coisas mais importantes.
Tens o toque único de representares um monte de gente que te admira!
Quem não te conhece, não sabe reconhecer o potencial que tens na vida de tanta gente
Geraste história e viste muita coisa a acontecer...
Também geraste muita miséria, viste fomes, viste crises e, por momentos chegaste a desmoronar.
Não és apenas uma cidade. Para alguns até tens fama de feia e mal-cheirosa. Mas há algo em ti que atrai muito e, por vezes faz mudar muitas opiniões.
Não és apenas uma cidade cheia de pessoas, és muito movimentada por trabalhadores stressados, estudantes, turistas, crianças, idosos a recordar nostalgia e és versátil ao ponto de atraíres pessoas de tantas formas, estilos e feitios.
Não és apenas uma cidade, és o lar de muita gente.
És a casa de muita gente que a ti se entrega, mesmo quando os tempos são os piores.
Posso afirmar com toda a confiança, que sim, ÉS A MINHA CASA! E o teu céu é diferente de todo o Mundo!
 Eu conheço o céu de Coimbra e igualmente posso dizer que é uma segunda casa, mas nada se compara com o céu da MINHA primeira casa. Aquela que me viu nascer e onde eu cresci sendo feliz em cada ocasião que proporcionaste. As tuas festas, santos populares, as tuas ruas, as tuas escadas, colinas, habitantes, rio...
Ai, tanta maravilha aos olhos de quem quer realmente ver e conhecer-te. Aos olhos de quem a ti se entrega com tudo o que tem e ainda mais...
Tudo em ti me faz sentir segura e me faz apaixonar cada vez que percorro as tuas ruas. Sorrio sempre que descubro mais do que há 19 anos venho a descobrir. Há sempre novo mistério em ti. Nunca ninguém te conheceu verdadeiramente, porque tens sempre novas coisas para mostrar.
Julgo-te sábia e antiga e ao mesmo tempo uma menina jovem ainda por crescer e acompanhar mais histórias, aquelas que um dia poderei contar. E quanto tiver  de haver um fim no meu viver em ti, acredita que sempre te levarei comigo, porque:
LISBOA, O TEU CÉU É A MINHA CASA!

domingo, 15 de setembro de 2013

Desencaixamento de uma vida

Insatisfação, encontro-me insatisfeita…
Incompleta!
Completa-me… Faz-me sentir que tenho aquilo que mais preciso. Nem sequer me atrevo a pedir tudo aquilo que quero, mas vejo-me no direito de te cobrar o que quer que seja que me tenhas tirado e me pôs nesta angustia de procurar o que me falta.
Sinto-me um autêntico puzzle de 500 ou mais peças, as quais não se encaixam… Quando encontro alguma que parece encaixar, é claro que encontro peças que ali não pertencem. O mesmo se aplica ao tetris: ao fim de um tempo acaba-se por deixar buracos entre as formas e, há sempre um vazio que não conseguimos preencher, fazendo o chamado “Game Over”. Eu sou assim... Sinto que tenho essas espécies de buracos, só que há mais tentativas do que propriamente um “Game Over”.
Podes, então devolver-me o que me tiraste? Podes-me dar a peça do puzzle, a forma certa do tetris que emcaixa na perfeição e tapa o espaço vazio? Pode ser aos poucos… Não me quero apressar no que toca ao reencontrar-me, se é que alguma vez me tenha encontrado…
O Mundo está repleto de pessoas vazias, no sentido literal, mas no meu caso, a culpa é toda e só Tua! Dá-me algo que faça sentido para mim… Sei que sou uma mera confusão, uma difícil de se tornar ainda mais complicada, todavia continuo a sentir-me vazia, mas tão vazia. Falta-me algo que me permita fazer mais do que respirar, que foi apenas o que virou rotina na minha vida. E não me refiro só e apenas ao Amor, refiro-me a cada pedaço da minha vida que se encontra inacabado.

Mais uma vez: Estou Insatisfeita, Incompleta! E este texto? Igualmente se encontra longe de estar terminado. Dá-me o que falta e eu escrevo, respiro e volto a viver.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Não precisa de apresentações, títulos ou coisa que o valha!


História de amor? outra? já não há as suficientes? Não pretendo escrever nenhuma historia de amor não... Porque não é, quando não há nada que comece sequer, quanto mais que tenha continuidade para ser uma historia de amor. Talvez sobre o amor... Fica à vossa interpretação do que quer que isto seja. Para mim é mais um mero desabafo. Sim... Mais um. Sei que pensas que isto só me faz mal, estes grandes textos, estas coisas todas nas redes sociais, mas eu sinto-me bem assim. É estúpido e tens razão que me faz mal, mas eu sinto-me bem quando o faço. É uma forma de transmitir quando não estou perto de quem eu posso falar sobre tudo e mais alguma coisa.
Não seremos todos assim? Sujeitamo-nos a algo que nos faz terrivelmente mal, mas continuamos sempre lá na batalha contra o parar de sentir mal. Para passar a sentir lindamente... Gostamos de quando isso acontece, no entanto odiamos quando acaba. E acaba sempre... Nunca permanecemos muito tempo na parte boa, nem na parte má.
É tudo uma inconstante da vida e nós somos parvos, seres contraditórios, chatos, sadomasoquistas, porque permanecemos nesta luta da vida.
O Amor é a coisa mais contraditória que faz o ser humano "flipar" completamente, nunca sabemos como havemos de estar perante uma fase: se é uma fase boa, nunca aproveitamos como deve ser, sempre à espreita da má que sabemos que chegará; estamos numa fase má e damos em doidos, derramamos lágrimas, desesperos, esperanças, desabafos, ódios ditos da boca para fora; a fase intermédia e achamos aborrecido e acabamos por perder as oportunidades que tínhamos para aproveitar.
Afinal que queremos nós disto tudo? Que quero eu? Que queres tu? Nunca nos contentamos,nunca nos damos por satisfeitos com o que temos? Procuramos sempre "mais lenha para nos queimarmos"? Aparentemente sim, mas é assim que funcionamos. Num grande e tremendo ciclo vicioso que precisamos para nos mantermos vivos, nesta roda viva que é a Vida: essa tramada e perversa, essa coisa linda que nos mantém a respirar, a sofrer e a sorrir.
Tudo é contraditório, isso já eu percebi... Eu sou contraditória por me habilitar a sofrer e meter estes textos esperançosos, ver filmes que me iludem, a desejar aquilo que não tenho e, no entanto sinto uma necessidade estranha de o fazer, uma forma de expressar  à minha maneira para que alguém compreenda. Sim, eu sei que há alguém algures que compreende.
Tu, para me dizeres isso, tu para teres tanta razão no que dizes é porque já sabes, já desconfias. Todos nós desconfiamos de tanta coisa e queremos mantermo-nos na ignorância para não ser pior.
Afinal de contas sabes... eu sei que sabes.
 Dás-me na cabeça se não faço nada em relação a isso, mas tu mesmo me das sinais contraditórios e também não ages. Então, a acção é só para uns e para outros não?
Não pretendo nenhum Romeu a trepar varandas e a morrer por amores, não pretendo nenhum cavaleiro dos contos de fadas, nem nenhum príncipe, muito menos os homens encantadores que Nicholas Sparks (sem ofensa que continuo a ler-te como grande fã que sou) descreve. Haver há, mas são excepções e poucos.
Eu não pretendo nada perfeito, pretendo sentir-me bem, sentir que sou útil, pretendo que me chamem à razão, que discutam, que argumentem, que precisem de mim... Quero o oposto à perfeição mas sentir que isso é o meu gostinho de perfeição.
Se é para cumprir a minha vida, que seja então... Mas não há criticas nem julgamentos no fim de tudo. Queres acções e não acreditas em desistências, pois é bom que saibas que não há desistir em nada que ainda não tenha começado. É impossível desistir de algo que eu ainda não tenha começado agir...
 E se calhar nunca vou e vou sentir-me uma enorme cobarde, mas os arrependimentos serão só meus. E talvez não me arrependa, porque não sabes, não sabem e ainda nem eu tenho muita a certeza do que vou fazer, mas quando o fizer é porque terei bem assente na minha cabeça todas as hipóteses que poderão advir das minhas acções e todas as certezas de que valerá a pena. Se tiver duvidas e arriscar na mesma, é porque quis, mesmo que não me corra bem, é porque realmente achei que valeria a pena para ganhar a certeza, para me sentir bem com isso, é porque aventurei-me. Portanto, qualquer réstia de arrependimento não pretendo ter, mas se tiver lá terei de lidar com isso.
Não, repito: não é nenhuma história "de" amor, talvez "sobre" amor, ou o raio que o parta!
Escrevo e vou escrevendo... Aqui fica mais uma mesquinhice minha, um mero desabafo, uma CONFISSÃO nas ENTRE-LINHAS, uma ADMIRAÇÃO, um ADMITIR e sobretudo uma indignação por aquilo que me rodeia e porque aquilo que ainda não tive oportunidade de ter ou pelo menos de lutar.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Coimbra, Coimbra ...


"- Não há vida antes das 16h.
- Não há sono antes das 4h.
- Rotina não existe. Vai para a festa na terça e descansa no sábado.
- Pessoas começam a beber à meia noite, saem de casa às 2h e entram na festa às 5h.
- O almoço vira jantar, e jantar vira lanche, o lanche vira café-da-manhã, o café-da-manhã vira almoço.
- A faculdade nunca foi tão perto: apenas atravessar uma praça.
- A faculdade nunca foi tão longe: subir as Monumentais.
- Não existe lugar pequeno. Sempre há espaço pra mais um.
- Qualquer lugar da casa pode virar uma pista de dança, qualquer casa pode virar uma festa
- Os shots não matam (mas o desafio do Bigorna, sim!)
- O vinho de mesa e a sangria barata reinam.
- As moedas de 1 e 2 centimos são extremamente valiosas.
- Jantar é um evento. Jantar fora, então , é O evento. E jantares de grupo, independente do cardapio, só significam 'Bebidas de graça'.
- Sair com 5 euros é riqueza.
- O meio de comunicação é o SMS (mesmo se a pessoa com quem queres falar está no quarto ao lado).
- Só se compra o que for da marca do próprio supermercado.
-  vais enjoar da lasanha Pingo Doce na primeira semana.
- O Mc Donald’s é o melhor amigo da preguiça.
- Kebab é vida.
- Não existem adultos: somente jovens e idosos.
- Traição é traição. Romance é romance. Amor é amor. E um lance é um lance.
- Os esquentas são melhores do que as próprias festas. Algumas vezes, simplesmente não vais conseguir chegar à festa.
- Subir a quebra-costas em direçao ao cabido, 5 vezes por semana, é a academia.
- Depois do penalty, só Deus sabe.
- “Ana Júlia” não sai de moda.
- É possível viver sem televisão, manicure e feijão.
- É impossível viver sem internet e TV’s piratas online.
- Os saldos fazem com que as pessoas tenham menos criatividade na hora de se vestir.
- TUDO é improvisado.
- As pessoas ficam pálidas e engordam misteriosamente.
- conheces melhor os pontos turísticos no interior da Croácia, do que os de Coimbra.
- Subimos e descemos, descemos e subimos, o tempo todo, todo o tempo.
- Não importa aonde vás, sua roupa vai voltar cheirando a cigarro.
- A família se expande.
- Todo dia alguém chega.
- Todo dia alguém vai embora..."

sábado, 18 de maio de 2013

Um bicho irritantemente belo na sua tremenda complicação

Um outro ponto de vista:

  Ela é um bicho estranho que me faz perder a cabeça, seja por uma boa ou ma causa. Ela pode ser o meu auge da vida ou mesmo a minha destruição. Aqueles olhos fenomenais que me fazem perder a cabeça; a boca pequena  que transmite grandes palavras que afectam sempre o meu peito, seja apenas como uma pena, ou como uma faca que vai fazer doer. Deixa qualquer pessoa confusa: é um bicho teimoso,  um bicho fodido. 
É difícil lidar com ela, acho que nem ela consegue lidar consigo mesma. 
  Aquele mau feitio que se alastra cada vez que percebe que não tem razão, mas o seu orgulho não permite ceder a ninguém e argumentará sempre, mesmo dizendo as maiores barbaridades...
  O beicinho que faz quando não consegue exactamente o que quer, porém sabe que a qualquer altura é capaz de funcionar com as pessoas que realmente a amam e  que lhes custa tanto dizer-lhe um simples não. Bicho perspicaz que é...
  É das pessoas mais expressivas que conheço: capaz de transmitir tudo o que lhe passa pela cabeça, naquele preciso momento. Reagir a cada palavra que lhe é dirigida, reagir a cada situação que o seu campo visual é capaz de "apanhar." Não consegue deixar de ser transparente e, por vezes, isso torna-se algo difícil para interacção com os outros. Pois. senão gosta, nem sequer tenta amenizar as emoções. É simples e puramente IMPULSIVA dizendo/reagindo momentâneamente, acompanhando com a expressão facial, gestos, símbolos que terão sempre o seu significado, se conseguirmos decifrá-la, é claro!
 Juro que já a tentei decifrar, alguém consegue?Eu ainda não consegui.... 
  Depois do que acabo de escrever, parece uma rapariga comum no meio de tantas que todos os rapazes ou pais descrevem... Todavia, acreditem, tem o seu factor único que me deixa de boca aberta, derretido cada vez que a imagino: Aquele sorriso que encanta... Não é perfeito, esconde por vezes muita dor e sofrimento, mas é capaz de dar um muito sofrido a quem precisa. Não faz qualquer som quando se ri. Então se for uma risada, é capaz de lhe tirar o fôlego e fazer com que a parte dos abdominais fiquem a doer. Posso arriscar-me a afirmar que é uma viciada em sorrir e rir, faz sentido? Claro que faz... Para mim, tudo nela, mesmo aquilo que não faz sentido, ganha sentido aos meus olhos. 
  A forma dela ser vicia-me: coloca sempre alguém à frente dela, mesmo que esteja a bater no fundo, o olhar dela é tão profundo que consegues ver quase a sua essência. Embora, ela esteja sempre a dizer: "ninguém me conhece na totalidade, nem os meus pais, nem eu. Eu, todos nós, escolhemos o que queremos dar a conhecer, só quando não conseguimos esconder o que pretendemos  é que deixamos cair um pouco do véu e mostramos partes de nós que ninguém esperava, o que pode trazer desilusão." 
  Eu quero me iludir ao ponto de me surpreender com cada característica,  detalhe, pormenor que ela ainda tem para me mostrar e que nem ela imagina que detém. Afinal de contas, nós conseguimos ver detalhes na pessoa que, nem essa pessoa consegue ver nela mesma. 
  Eu não espero que seja tudo bom, pois acreditem, há momentos em que odeio cada característica dela que me enerva e me tira do sério, mas faz-me pensar que ela não está a esconder isso de mim. Não está a ser hipócrita, portanto se for mau quero conhecer na mesma, arriscar algo que até me poderá causar alguma mágoa.
  Aos meus olhos ela é um bicho teimoso, orgulhoso, presunçoso, preguiçoso, um bicho mesmo à humano, um bicho lixado. É o tal bicho que me faz querer conhecer, que me fez aperceber de cada coisinha presente nela. 
  Um bicho cheio de caracóis que me fazem crer que, cada caracol é a verdadeira montanha russa por que ela já passou e ainda vai passar ao longo da sua vida. 
  Tudo nela físico, corrobora a ideia mental que tenho dela, tirando uma ou outra excepção...
  Aquele Bicho especial que atrai atenção das pessoas que lhe são próximas, é o bicho do mundo de alguém. É simplesmente um Bicho *.*
( Hoje, escrevi pelas palavras de uma outra pessoa que vê desta forma a rapariga, não como alguém apaixonado, mas como alguém que se encanta por um ser humano aparentemente normal,complicado, com qualidades únicas que fascinam as pessoas mais próximas  Não se trata de amor, mas de caracterizar um pouco o bicho que cada uma de nos, mulheres, consegue ser. Já dei muitas vezes o meu ponto de vista, sendo eu uma rapariga. Mas desta vez, pus me no lugar do pensamento das pessoas que olham de "fora" e com outros olhos) 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

"Carta" de mim para ti, para nós. "Carta" pouco sábia, mas algo carinhosa.

De: Mim
Para: Ti (faz sentido)
                        Não é uma carta regular, não vai directamente para os correios. É algo inovador que quero que tu e quem lê a carta, perceba que as palavras que te estou a "escrever" servem para aquilo a que chamamos de Amizade, seja lá isso o que for para cada um de nós, não é verdade? Visto que nos dias que correm, cada um tem a sua própria definição das palavras mais usadas sem qualquer sentido... Mas como eu sou diferente, sei o que significa e comprovo isso cada vez mais com cada um de vocês, que permanece "junto" a mim dia após dia.
  Se há coisa que aprendi contigo, minha voz da razão, é que só sabemos o que é estar em casa quando sentimos realmente saudades e quando regressamos nos sentimos tão bem. Não vou mentir que isto foi tudo o que quis e insisti neste meu sonho caro e difícil de prosseguir. Mas precisei de o fazer por diversas razões, Às quais não irei mencionar, sabendo que tu sabes!
  Como a letra da música diz: "Only hate the road when you’re missin’ home". Não há nada como nossa casa e por casa digo mesmo família, e por família não me refiro a laços de sangue ou algo do género, mas também àquela que escolhemos fazer parte da nossa vida para sempre, ou melhor, sempre não gosto de usar. Podemos, no entanto, dizer eterno enquanto dura. Sempre ouvi tal expressão, que de alguma forma, sempre fez todo o sentido para mim. 
  Tu que enches os meus olhos e pensamentos com razao, que me ensinas a entender coisas da vida que não entendo, até mesmo aqueles que não é suposto entendermos. Enches os dias com sorrisos ou lágrimas. Tu, sejas tu quem fores (serve para muita gente a carta que te escrevo, nao leves a mal), que quando nos chateamos precisamos sempre de tempo sem falar, ou sem resolver. Porque mesmo chateados algo nos diz que não vamos deixar de gostar um da outro, são coisas que fazem parte. Nem sempre é necessário estar tudo no seu auge, nem sempre falamos, andamos para todo o lado juntas/os. 
  É certo, há sempre aquele momento em que nos apercebemos que as coisas vão mudar, que vai custar, vai ser tão diferentes que vamos mesmo chegar a pensar o quão deslocados estamos naquele momento. O quão difícil se torna olhar para alguém novo e dar uma oportunidade de tentar fazer parte de nós, porque achamos sempre que nunca chegará aos calcanhares de quem já faz. 
  A verdade é que necessitamos de dar essa oportunidade, porque mesmo afastados estamos juntos, isto até que faz sentido se tu, que lês a carta e a quem me dirijo, pensarem bem nisso.
  Pára de te deixares abater pelas dificuldades, bates no fundo e toca a levantar esse rabo para arranjares solução de saíres daí. Seguir caminhos diferentes não implica obrigatoriamente terminar uma relação de anos, meses, o que seja. Mesmo não havendo os momentos constantes, existe a cumplicidade que sempre houve. Haverá pessoas que vão querer seguir outro rumo e escolhem seguir sem ti, não significa que não sejas importante ou não foste, mas aconteceu. Não foi algo premeditado ou que quisessem, mas nem sempre as coisas tomam o rumo do final feliz por que todos anseiam. É preciso tomar decisões, e quando sabemos que já não conseguimos dar nada mais a essa pessoa, fazê la feliz, então a melhor coisa a fazer e a pior é largar, libertar essa pessoa.
  Tu não o fizeste! afastas-te, enervas-me, deixas-me a chorar e a sorrir. Mas sobretudo dás-me quase todos os dias a certeza de que a escolha que fiz em manter-te a ti e a outras pessoas na minha vida, foi a decisão mais acertada e das únicas certezas na vida. Só considero amizade, quando esta se torna uma certeza e tu conseguiste ser uma razão que me mostra muitos lados da vida para além do meu. 
  Com esta carta, quero que penses seriamente que, seja qual for a fase que te encontres agora (assim como eu estou numa má fase) os ombros de chumbo e portos de abrigo estão algures dentro de ti e a vaguear por esse mundo que pode ser só Teu, se o quiseres "adoptar". Mas trata-o bem, porque em segundos pode se desmoronar se não prestares atenção aos pequenos detalhes que darão origem aos maiores.
                                                                                      Com tal estranha carta, não tão sábia, mas com orgulhosas palavras, eu despeço-me com todo o carinho do mundo, na esperança de que leias e te revejas nas palavras que escolhi para aqui colocar. Que percebas que isto é um "abre-olhos", uma eterna saudade, uma miudíce de sermão e sobretudo uma amizade que será eterna enquanto durar e conhecendo-te como te conheço dentro de mim, bem junto de mim, sei que será tão longa, quanto o tricot que iremos fazer durante anos na nossa velhice.

                                                                                   Beijinhos, tua Ninó :D *.* ( Carta para a Susana... Esta é dedicada a ti e no fundo a muita gente que se revê nestas palavras e nesta amizade)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

As marcas do teu ser irritantemente apaixonado perante a minha pessoa dormente

Ter-te aqui junto a mim.

Recuperar o fôlego que um dia perdi e ainda hoje não consigo achar o motivo para isso.
O encontrar-te nos momentos mais inesperados, situações mais indesejáveis e mesmo assim sentir aquele palpitar de querer voltar a sentir o que sentia.
Já não sinto. Não sinto por ti nem por ninguem que ja tenha passado depois de ti pela minha vida. Quem me dera voltar a recuperar esse sentir. De certo não me deixava completamente bem, mas até quando me deixava mal eu não queria perder por nada deste mundo.
Hoje sinto-me completamente longe, abstante disto. Tu deixaste-me assim: apática, dormente a qualquer pessoa que seja potêncial candidato a deixar-me assim e eu a não conseguir, por mais que queira, retribuir ou sentir o que essa pessoa quer transmitir.
Transformaste-me num monstro sem emoções ou sentimentos. Pelos que passaram depois de ti, apenas sinto carinho especial e fico sempre a pensar que não sou boa o suficiente, que nao me merecem. Não consigo corresponder e apenas se torna uma aventura, ao qual todos temos direito. Deixaste-me assim e sem sequer me dares uma explicação. 

Só para que saibas, nem contigo consigo voltar a sentir isto, não sei se é bom ou mau, mas sei que pelo menos segui daquela relação que me permitiu sentir tudo e agora não sinto nada, nem contigo nem com ninguem. 
Sei que um dia vou recuperar o "ficar sem folego" e sei que aí vou aproveitar e não volto a cometer os mesmos erros, mas sim, terei a oportunidade de cometer novos erros. E tu, sim tu, tu nao vais estar lá para ver. Não vais, porque há muito que tomaste a decisão de sair da minha vida, com todas as tuas razões que faziam sentido no inicio e agora deixaram de ter nexo algum quando volto a relembrar-me. Não me poderás ver a ser outro alguem que aprendeu com tudo, alguem que soube aproveitar e que lidou de forma mais madura com o "ficar sem fôlego" como tu me sabias deixar tão bem. Irei ouvir cada nova canção, musica tocada mas não por ti e conseguirei ouvir mesmo senao der certo. Contigo, nem consigo voltar a ouvir aquilo que me deixava tão bem quando cantavas e tocavas para mim. Agora deixaste de poder cantar ou tocar a música que me deixava derretida e perdida na vida.
Agora o que me "deixa sem fôlego" é o desenrolar da vida que estou a percorrer. O dia a dia que me vai dando surpresas, vai-me deixando sentir um pouco de cada vez, aos poucos. E com muita pena, não fazes mais parte disso e mesmo assim deixaste a tua marca. Mas vai sarar e tu não a poderás voltar a abrir e fazer doer ou permitir que me deixes de novo embasbacada contigo, porque admito, sempre tiveste esse dom em relação à minha pessoa.
Fizeste-me entrar numa corrida contra o tempo, contra a apatia que sinto em relação ao amor, ou até mesmo ao carinho, ao sentimento.

Voltaste a entregar-me o meu mundo e o mundo que um dia foi nosso nas minhas mãos e eu agora só quero largar. Não me julgas por isso pois nao? Nem sequer terias esse direito ou saberias o que isso é. Há muito deixaste saber algo que dissesse respeito a mim que um dia foi entregue nas tuas mãos e tu apenas devolveste.
Até na minha escrita, na minha forma de ver as coisas, na minha forma de falar me deixaste contraditória e sem saber o que pensar ou dizer ao certo. Sinto que sou contraditória. Mas essa contradição permitiu-me "largar" o que há muito continha 


http://www.youtube.com/watch?v=DPL_SV3n7IU