quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Paradoxo da Sabedoria

Eu não sei muita coisa...
Melhor: não sei de nada.
Ou até sei.
Ás vezes sei mesmo... A ideia é que sabemos e nem sempre fazemos por saber... Duvidamos das certezas que tinhamos, no saber de detinhamos.
Por vezes, apenas ignoramos o que sabemos por achar que é o melhor.
Em certas situaçoes, prefiro mesmo não saber.
Desde quando é que a ignorância fez alguem feliz? Na infância...
Ser ignorante não é bom, mas sabermos o que não queriamos saber, é querer ignorancia, ingenuidade.
Saber o que dizer, o que interpretou, o que ouviu, o que percebeu, o que viu, o que experienciou... Saber nem sempre traz o que mais pretendo, mas sei.
Se é muita coisa? Não, muito pouca até.
Mas sei cada sinal do tom da minha voz, da minha ironia, da minha felicidade, do meu choro.
Saber até sei, mas tu sabes? Será que sei o que devo saber? O que é correto saber? O que tenho a saber?
Como vou eu saber, se as minhas certezes viraram duvidas e as minhas duvidas tornaram-se certezas da pior forma...
Maldito paradoxo que faz com que, o que eu detenho me encha de pensamentos, ideias, duvidas extremamente ridiculas que me trazem a este ponto.
Já Carl Jung dizia:
" Uns sapatos que ficam bem a um, serão pequenos para o outro. Não existe uma receita da vida que sirva para todos"
Portanto, vá-se lá saber se conhecemos o suficiente, para nos enchermos de certeza e sermos os donos da razão. Vá-se lá saber se conhecemos o suficiente, para acharmos que é a verdade e somos detentores de tamanha sabedoria. Vá-se lá saber se somos ignorantes porque sabemos mesmo, ou mais felizes por não saber tanto...
Demasiadas perguntas, demasiados duvidas. Pensamentos ridiculos e giratórios que perduram demasiado tempo, quando o melhor é mesmo largá-los. Mas, para poder largar é preciso aceitar a realidade, a dor, o que sentimos. Só depois de aceitarmos e sofrermos o que temos para sofrer, é que largamos. Pois, só desaparecem se for resolvido aquilo que atormenta o progresso e a evolução da pessoa.
O tempo ajuda na resolução, mas não resolve. Dar tempo, mas agir. Conhecer, mas não dar como garantido.
O que é tem de ser, mesmo que o "gato de escaldado de água fria tenha medo".
O que sei pode mudar, o que não sei posso vir a conhecer.
A seu tempo perceberei o que tenho de perceber e manterei de parte aquilo que a mim não me compete saber.