sábado, 7 de janeiro de 2017

À gente que se esbarra e se conheça vezes sem conta com o olhar mais maduro e o coração mais decidido

Queria dizer-te... queria dizer-te as palavras mais bonitas e dóceis deste mundo... sim, porque realmente tu mereces isso e muito mais. Mas também aprendi que não são palavras bonitas que demonstram todo o amor, mas sim aquilo que colocamos nas palavras. E no que te vou dizer coloquei amor, coloquei carinho. Coloquei um pouco de mim, tudo de mim, nada de mim. Estou lá colocada, não para te dizer coisas óbvias como: "amo-te"; "fazes-me feliz"; "fica comigo". Não, essas são as coisas mais banais que te pronuncio todos os dias após o teu bom dia sereno que me acalma a alma. Mas o que te tenho para dizer é mais que isso, é mais a teimosia em querer-te dizer algo que me desenfreia este coração e me faz querer de alguma forma dizer-te tudo, sem ter que dizer, no fundo nada.
Também sei que o silencio é bonito quando a ele sabemos respeitar e ouvi-lo. Pois bem, o meu silencio falado remete-se a ti. À tua força e coragem para entrares e permaneceres dentro dum coração gelado e frio, teimoso que tantas vezes te disse "não" e te renunciou. Pôs-te para trás, para hoje seres o primeiro plano e seres mais que um "copo meio cheio". Podia dizer que és tu que bombeias o meu coração, mas seria a maior lamechice e parvoíce de sempre.
Não pretendo dizer-te coisas lamechas, apenas reconhecer a bravura de conquistar quem difícil permanece ser.
Uma réstia de cacos que alguém partiu, para que tu, pudesses pega-los e amá-los mesmo assim.
Mesmo com mãos frias soubeste aquecer, mesmo com inseguranças soubeste segurar, mesmo com ciúmes soubeste agarrar!
Valente!
A admiração não tem preço, mas tem agradecimento.
365x2 e trono-me ainda mais ignorante nesta matemática ao passar mais 365 e se não forem 366, daqueles bissextos que podem trazer azar, a mim trouxeram-me a imagem do que é ser alguém tão inesperado e admirável aos olhos de alguém.
Julguei-te enganador e que só me trarias enganos e ilusões daqueles como quem engata com tamanha facilidade capaz nunca de se entregar.
Fizeste com que a km admitisse o impensável que era para mim, fizeste-me entregar mesmo sem ainda ter experimentado os teus abraços. Temer o toque próximo e apenas tentar o cordial por achar-me tímida no que diz respeito às coisas parvas do amor. Mal sabia eu que o amor era a cura que faltava para um amor próprio.
Deixaste-me entrar nos teus braços, abraços e envolver-me mesmo quando a minha rosa dos ventos avariou e eu só te tinha como mais próximo do meu norte, não querendo voltar para o sul e nunca saber distinguir os restantes pontos cardeais.
Os meus defeitos tu aceitaste, como se de legumes uma criança não gostasse mas com o tempo entendesse a sua essência.
Passei para mais do que ficar apenas nos teus braços e conheci-te como tu permitiste, desnudo na essência e no calor que tantas vezes me refugiava do gelo que tornava a minha falta de alma.
Deixaste que o tempo corresse e como se os cavalheiros que hoje dizem não existir, em ti encarnassem. Deste-me a conhecer os teus medos de me perder e de te perderes em mim duma forma que me pudesse afastar de ti, mas que só me aproximou quando te tornaste vulnerável e em mim me acolheste como se de tetris se tratasse.
Viajaste em mim, levaste-me a viajar e digo, no verdadeiro sentido da palavr viajamos para conhecer o nosso patriotismo e o melhor de nós.
Até o teu respirar na orelha que tanto me incomodava com qualquer outra pessoa, é o que mais me acalma, o enrolares-me em ti, como se nunca tivesse como ir. É em ti que pertencia e me encaixava.
A ti só te acalma uma respiração torácica enquanto o teu ouvido no meu peito padece, fechas os olhos e dizes que de sonhos nem te lembras, no entanto, todos os dias um sonho é cumprido.
Pronuncias palavras indecifráveis enquanto dormes, pequenos ruídos engraçados e aos mesmo tempo irritantes, reviras-te e dás cabo do meu sono enquanto não paras de te mexer como se tivesses numa guerra com os lençóis. Acordas-me com espontaneidade e dizes-me que o melhor pequeno almoço é feito ao acordar.
Sabes o que te quero dizer? o que ainda falta por viver!
Não vou gastar tudo o que te quero dizer, porque muito mais terei.
Não se trata de lamechice, mas sim de saber que o amor próprio renasceu quando sei que alguém me vê  com olhos que eu nunca consegui, que me valoriza como mulher como ainda estou a aprender, que profecia mil uma coisas como se vidente fosse, mas que a única coisa que o faz prever o futuro é a esperança e a crença numa religião que nos arrebatou aos dois, mesmo que tentássemos
A minha religião é não ter e saber que a eternidade é efémera, mas que existe enquanto eu aos teus olhos permanecer.
Suspiro e digo: há muito para dizer e nada para dizer!
As coisas banais dizem-se no dia a dia, o dia de gostar é todos os dias e eu a ti apenas digo: aprendi amar-me quando tu me mostraste que eu tenho tudo para me valorizar!
Entrego-me a ti enquanto me quiseres, deixarei de pertencer a ti quando perderes o brilho que sempre detiveste quando de futebol me atrevi a comentar!
Quem diria: futebol tornou-se uma forma de amar!
Amo-te como quem ama futebol, se não mais do que percebo de futebol!
Chama-se amar o amor e aprender a amá-lo. Como se as desgraças recaíssem sobre o amor, quando é este mesmo amor o que nos salva!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pelo amor próprio

Já não sinto nada… Não sinto a minha própria dor… Não te sinto em mim… Não te sinto de maneira nenhuma e sinto falta disso…
  • Ainda me amas?
  • Cada vez mais… Demasiado, tão mais que dói gostar de alguém desta maneira e sentir falta.
  • Nunca se ama em demasia!
  • Acredita em mim… É em demasia quando eu não aprendi a gostar de mim primeiro e amo-te desta maneira desenfreada.
  • Não entendo o que dizes… Se gostas tanto quanto afirmas, não me afastes. Porque o fazes? Como é que é possível não gostares de ti mesma? Afinal que procuras?
  • Procuro-me a mim… Neste mundo, em ti. Eu procuro-me a mim e procuro-me a mim em ti.
  • Queres que vá?
  • Não… Mas não quero que fiques!
  • Ahn? não estas a fazer qualquer sentido…
  • O problema é que estou, mas não te peço que compreendas, que me compreendas. Ainda estou por compreender. Estou exigir algo de ti, que não exijo de mim.
  • O melhor é ir… Espero que aprendas amar-te da mesma forma que me ames e descubras que isso não é mau de todo. Dói, mas também te põe um brilho nos olhos, que te deixa com um encanto de quem se sente no topo do mundo, não tem medo da lua e vive na fantasia de algum dia poder dizer para sempre. Isto eu compreendo. Isto é o que tenho de fazer. Ir… Partir e esperar que algum dia alguém me ame desenfreadamente, quanto se ama a si mesma. Por favor, nunca te esqueças, vê-te com os mesmos olhos que eu te vejo e descobrirás o que é amar e sentir que agora a vida segue o seu rumo, se parares de tentar controlar tudo e principalmente, o que sentes.
  • Eu sei o que é o amor e o que ele traz, não sei o que é amor próprio e a dor de não saber onde pertenço e quem sou. Só te posso dizer: amo_te desenfreadamente e não posso fazê-lo sem antes o fazer comigo. Desculpa amor.

  • terça-feira, 20 de outubro de 2015

    Esquecemo-nos disso mesmo, de sermos nós!

    Acredito que para aliviar é necessário querer mudar de alguma forma...
    Digamos que e se as mudanças forem más?
    Quem saberá dizê-lo?
    Aos pouquinhos procuramos e procuramos...
    Há sempre altura de descobrir que afinal sermos nós não está a resultar, talvez porque nos esquecemos disso mesmo, de sermos nós!
    Para haver humanidade, precisamos de humildade
    Para haver sorriso, é preciso saber fazê-lo mesmo ser buscar um motivo.
    Os pensamentos positivos existem, os pessimistas também... Mas e os realistas que nos fazem descer à terra?
    Estava a gostar da minha lua, estava a gostar de viver na lua, para poder ficar na terra.
    Só nos sentimos bem em casa, mas que significa isso?
    Muitos dizem onde está o coração, onde nos acolhem... Casa é casa e casa sabe bem! Eu bem vos digo...
    Enquanto uns sofrem com problemas, do outro lado do mundo existem outros que não há maneira de serem resolvidos.
    E reclamo eu do quê, afinal?
    Nada que me queixar... Cada um com o seu problema, mais grave, menos grave... Algum juíz para determinar isso?
    Procurei sempre a verdade, procurei sempre aliviar com a verdade e, por vezes, acabo por sofrer consequências de dizer a verdade e nada mais que isso.
    Tudo doi, tudo passa, tudo alivia. Seja la o que for.
    Força... Onde está ela? Onde menos espero eu... onde menos esperas tu, nós, os outros.
    Caminhar é fácil, descobrir a saída do labirinto começa a tornar-se complexo.
    Bem-vinda aos 20... Gostas? Espera pelos 30, 40...
    Vamos a isso.... É como tudo:
    "vai passar... vai passar!"

    quinta-feira, 17 de setembro de 2015

    Fogueira de memórias, queimar de motivos


    Peguei em mais de mil motivos, atirei-os contra a parede e achei que se partiriam em cacos, tal como um copo de vidro. Não pensei no azar que me daria, nem os 7 anos que poderia ter a desculpa de ser o azar de um copo partido.
    Atirei as memórias para uma fogueira e esperei que elas ao se queimarem, desapareciam, pura e simplesmente.
    E pura e simplesmente voltei a ser ingénua.
    Mais uma vez...
    Só mais uma vez a memória a pregar partidas, o cérebro a complicar, os olhos a querer descomplicar e no final, tudo uma verdadeira confusão.
    Achei que se queimasse, partisse ou os atirasse que tudo se tornava simplesmente brilhante...
    É o mesmo que ir à busca do pote de ouro no final do arco-íris.
    Mas que se anda a fazer aqui no final de contas?
    Querer tudo, sem primeiro assimilar, resolver, aceitar...
    Querer, desejar: caprichos, vontades, bem dizeres, mesquinhices. Tudo o que se procura em busca da felicidade, como se isso fosse sinónimo de estado de espírito. Desenganem-se!
    Apenas é momentâneo, é considerado momento, efémero e quem sabe trágico se assim for pessimista, no entanto, um contentar para quem for optimista.
    Que se lixe o tempo que diz curar, mas apenas atenua e torna num hábito ao qual se decide viver.
    Qual lidar qual quê?
    Vou voltar ao inicio e, esperar simplesmente que aconteça:
    Peguei em mais de mil motivos, atirei-os contra a parede e achei que se partiriam em cacos, tal como um copo de vidro. Não pensei no azar que me daria, nem os 7 anos que poderia ter a desculpa de ser o azar de um copo partido.
    Atirei as memórias para uma fogueira e esperei que elas ao se queimarem, desapareciam, pura e simplesmente.
    E pura e simplesmente voltei a ser ingénua.
    Mais uma vez...

    terça-feira, 23 de junho de 2015

    Isto vai bem meus amigos, isto vai bem...

    Conformismo
    Hipocrisia
    Silêncio
    Medo
    Injustiça
    Diria que andam de mão dada nesta vida!
    Andam lado a lado em companheirismo, como se de obediência se tratasse....
    "Porque as coisas vulgares na vida não deixam saudade", a moda corroí-nos assim como a espera duma burocracia desmedida sem limites.
    Segredos à muito perdidos por gritos que a sociedade teima em calar, para que nada faça sentir um clima de mudança na revolução.
    Já a Revolução deixaria feliz os conformistas, no entanto, a coragem perdeu-se aos sorrisos que ficaram por dar.
    Os revolucionários temeram que a saudade andasse lado a lado com a sorte, ou falta dela.
    As ruas da cidade, há muito percorridas por rosto cansados de conhecer a vida e de temer o que falta conhecer.

    adrenalina nos percorrera as veias quando demos por nós a descobrir a desilusão de ilusões concebidas.
    Amargura que assombra um povo outrora lutador, memórias que se lembram ou se fazem por esquecer perante lágrimas que se encarregam de percorrer um rosto que jamais vira um sorriso.
    "Há gente que fica na história, da história da gente" Já dizia o Fado que tanto nos mantém unidos como Humanidade.
    Demos a conhecer a saudade como sinal de dor e sofrimentos pelos que partiram, mas jamais pelos que ficaram ou retornaram.
    Conceito destruído por interpretações mal-feitas, por um povo perdido na esperança ou na fé de tudo e do nada que continua a tentar ser um pilar, mesmo achando nós, ser tudo "laico".
    Corrompe a vontade, a motivação e qualquer tipo de sentimento que possamos vir a sentir perante algo que a nós não pertence. A corrupção de um mundo que julgamos apenas ter 5 males da sociedade: ignorância, miséria, doença, escassez e ociosidade. Misturamos nesta panela fumegante mais uns quantos que nos arruínam na nossa ambição sem limites, quedas altas e sem fim e conhecimentos limitados e formatados para nos tornarmos Robots e vivermos só para um fim comum e não para nós mesmos.
    Isto vai bem, meus amigos, isto vai bem....

    sexta-feira, 1 de maio de 2015

    Que sejam estas as nossas ruas que nos restam percorrer....

    Tudo o que precisamos mantém-se à distância de um brilho próprio, comum, do mais vulgar e único que possamos imaginar, ou sequer querer. Assim como cheiro, cada um é dono do seu próprio brilho e, com certeza, é esse brilho que atrai os poucos que ainda restam.
    Julgamo-nos detentores de uma segunda oportunidade seja em que aspecto da vida for. Mas não é bem assim... Nem sempre se merece, nem sempre se dá. Seja pelas razões que for, vai depender de quem as dá, vai depender da mágoa que contém ou do seguimento que quer dar à sua vida.
    Nem sempre merecemos continuar junto a alguém, se a primeira falha trouxe a mente aberta para determinadas situações, ou as feridas que se abriram e demoraram a sarar. Talvez precisemos duma segunda chance mas para continuar a viver, mesmo que não seja da mesma forma, nem com as mesmas pessoas. É uma segunda oportunidade como tantas outras. Lembrem-se.... 
    Esperamos demasiado tempo no escuro por uma pequena luz, quando nós somos detentores de alguma luz, aquela que nos faz sermos nós mesmos. Porque ainda estamos no escuro? Está na altura de sair... Parar de procurar e reconhecer que está em nós, apenas e simplesmente.
    Não sabemos nem metade das respostas... Não sabemos nem metade das perguntas que vão aparecendo. Afinal de contas, por que raio as estações mudam? Porque tem de mudar? Ou porque caímos tão longe, tão rápido?
    Porque é que os nossos corações, rapidamente se tornam em chamas ao mínimo carinho, ternura que, tendemos a  procurar seja em quem for? Dependemos sempre tanto dos afectos, que nos esquecemos de nos dar a nós mesmos. Dependemos sempre dos outros para que gostem primeiro de nós e sabermos que valemos alguma coisa, para depois sim, termos aprovação para o fazermos nós mesmos. Não está tudo errado? Está ou não?
    'Bora! Vamos atirar pedras, vamos roubar carros, perdermo-nos no mundo, sermos ainda mais idiotas com ideias fixas e bichos carentes de aventura seja de que forma for, em que aspecto for.
    'Bora! Vamos sofrer e vamos recuperar da melhor forma e a mais estúpida que conseguirmos, nem que para isso, tenhamos que ouvir a musica mais deprimente ou trancarmo-nos como crianças com a birra!
    Vamos deixar que o quente do sol ou a molha da chuva nos reavive a memória para que possamos reagir e fugir ao fogo de uma arma.
    Mais uma vez, não sei, não sabemos...
    As sirenes e os sinais de fumo relembram-nos que talvez o mundo não nos encontre, mas que nós podemo-nos encontrar neste Mundo!
    A Terra depende da luz para que desapareça o brilho de uma única pessoa. Mas acende-se para que todos os brilhos encantem como um sinal de que a Humanidade ainda resta em cada um de nós.
    Óh! que seja! Que sejam estas as nossas ruas que nos restam percorrer....
    Óh! que seja! Que sejam estas as nossas ruas que nos restam percorrer....

    quinta-feira, 16 de abril de 2015

    Ouve bem: a segurança passa pela viagem. A vida sabe o que faz...


    Ouve bem:
    Nem tudo corre como
    planeado, nem tudo será como havias pensado...
    Haverá muito fogo de vista, haverá muitas surpresas e muitas, sendo sincera, não serão nada boas.
    Mas quem disse que daí não vem algo de bom?
    Muito acontece, não porque acredite que tudo tenha uma razão de ser, mas se aconteceu há que tirar partido disso.
    Muita coisa desaparece, para muita coisa aparecer.
    O chão que te suporta, que te deixa confortável, como uma garantia que dali não passas, a qualquer momento te pode ser tirado. E porque não construir novo chão?
    As tuas bases, podem não ser as mesmas, mas não deixaram de ser fortes ou ainda mais fortes.
    O apoio que tinhas poderás não o reconhecer nas mesmas pessoas, no mesmo sítio, seja como for. Não quer dizer por isso, que não tenhas novo apoio, que não encontres quem te possa dar.
    Olha à tua volta?
    Já paraste para pensar?
    O tempo, a vida não param, mas que tu não possas parar é bem diferente.
    Abranda o ritmo, podes parar, é te permitido.
    Olha bem, pensa, volta a pensar. Reconhece o que ainda tens, larga o que já não consegues reconhecer por muito que procures.
    Haverá sempre mais para além do que conheces.
    Haverá sempre mais para ti.
    Só depende de ti!
    Sei bem o quanto estas palavras te fazem querer dizer: "É tudo muito bonito"
    Sei o quão difícil tudo se torna, pode-se tornar ou já se tornou.
    Mas e então? Paraste de vez, eu sei que te disse que era permitido parar, mas não esperes que a vida espere por ti.
    É bom parar e analisar o que ainda resta de ti, mas não poderás fazê-lo eternamente. Ao fim disso, existe algo que se chama lutar por nós.
    O amor próprio realmente existe, só tens de o encontrar para saberes procurar o amor pelos outros.
    Permite-te e entrega-te à mercê desta vida. Mas lembra-te, tudo o que termina, tem um novo começo, mas que seja no mesmo sitio que terminou.
    Lembra-te: nem sempre obterás o perdão ou a razão para continuares. Mas quando assim for, a única razão é o facto de tu mesmo ainda não te teres perdoado e, não teres dado razão mais que suficiente para seguires. Quem sabe se essa motivação não está em ti mesmo. Essa é mais que suficiente ou não achas?
     Um soalho pode ser lindo e acolhedor, mas não implica que um chão de pedra não seja igualmente fresco e reconfortante.
    No meio de tantas divergências, há sempre algo que arranjamos, mecanismos que nos defendem e nos deixam em segurança.
    Não dependas dos outros, quando a mudança está única e exclusivamente em ti.
    Não penses que isto é mais um texto de auto-ajuda, é apenas uma indignação para contigo. Para que possas entender que tudo isto, um dia, terá sido o melhor para que estejas onde estarás nesse momento.
    A caminhar sobre um chão, a receber forças de um apoio e a perdoar-te a ti mesma por teres amor próprio e quereres saber o que te espera para além do que já perdeste.
    Não te culpes e não percas tanto tempo a tentar decifrar de quem foi a culpa, de quem tinha ou não razão, ou de pedir desculpas.
    O que está feito, feito está. Está na altura de seguires e ficares bem, seja com o que sempre te segurou, ou com novas bóias de salvamento.