terça-feira, 18 de novembro de 2014

Mixórdia Verbal da Razão

Somos o que somos, porque temos de o ser. Não poderíamos ser doutra forma, se realmente o parássemos de ser. 
Não sei o que fui, porque deixei de ser o que era. Descubro quem sou para uma nova era.
Olhas-me e procuras-me... Esqueces-te de que eu mesma me procuro. Encontro-me na descoberta, encontras-me na revelação. 
Epifania a toda a hora: 
- Saudade, contagias-me a alma... 
Pára com as manias e tramas ao coração, tiras-me o fôlego e roubas-me a noção. 
Confusão passa-me pela cabeça...
Acabei por perder toda a destreza. Perdida no labirinto, esquecida nos pensamentos...
Paradoxo nas tuas palavras, o olhar vidrado em malabarismos. 
Fixada nos teus lábios, que me enlouquece. 
Não perdoa, mas também não esquece. 
Envolves-me em ti, roubas-me abraços. 
Os lençóis ganharam a tua forma e reconforto-me em memórias.
Afundei-me em ti. Perdi-me em mim. 
Sente por que sente, não percas o teu ser!