sexta-feira, 1 de maio de 2015

Que sejam estas as nossas ruas que nos restam percorrer....

Tudo o que precisamos mantém-se à distância de um brilho próprio, comum, do mais vulgar e único que possamos imaginar, ou sequer querer. Assim como cheiro, cada um é dono do seu próprio brilho e, com certeza, é esse brilho que atrai os poucos que ainda restam.
Julgamo-nos detentores de uma segunda oportunidade seja em que aspecto da vida for. Mas não é bem assim... Nem sempre se merece, nem sempre se dá. Seja pelas razões que for, vai depender de quem as dá, vai depender da mágoa que contém ou do seguimento que quer dar à sua vida.
Nem sempre merecemos continuar junto a alguém, se a primeira falha trouxe a mente aberta para determinadas situações, ou as feridas que se abriram e demoraram a sarar. Talvez precisemos duma segunda chance mas para continuar a viver, mesmo que não seja da mesma forma, nem com as mesmas pessoas. É uma segunda oportunidade como tantas outras. Lembrem-se.... 
Esperamos demasiado tempo no escuro por uma pequena luz, quando nós somos detentores de alguma luz, aquela que nos faz sermos nós mesmos. Porque ainda estamos no escuro? Está na altura de sair... Parar de procurar e reconhecer que está em nós, apenas e simplesmente.
Não sabemos nem metade das respostas... Não sabemos nem metade das perguntas que vão aparecendo. Afinal de contas, por que raio as estações mudam? Porque tem de mudar? Ou porque caímos tão longe, tão rápido?
Porque é que os nossos corações, rapidamente se tornam em chamas ao mínimo carinho, ternura que, tendemos a  procurar seja em quem for? Dependemos sempre tanto dos afectos, que nos esquecemos de nos dar a nós mesmos. Dependemos sempre dos outros para que gostem primeiro de nós e sabermos que valemos alguma coisa, para depois sim, termos aprovação para o fazermos nós mesmos. Não está tudo errado? Está ou não?
'Bora! Vamos atirar pedras, vamos roubar carros, perdermo-nos no mundo, sermos ainda mais idiotas com ideias fixas e bichos carentes de aventura seja de que forma for, em que aspecto for.
'Bora! Vamos sofrer e vamos recuperar da melhor forma e a mais estúpida que conseguirmos, nem que para isso, tenhamos que ouvir a musica mais deprimente ou trancarmo-nos como crianças com a birra!
Vamos deixar que o quente do sol ou a molha da chuva nos reavive a memória para que possamos reagir e fugir ao fogo de uma arma.
Mais uma vez, não sei, não sabemos...
As sirenes e os sinais de fumo relembram-nos que talvez o mundo não nos encontre, mas que nós podemo-nos encontrar neste Mundo!
A Terra depende da luz para que desapareça o brilho de uma única pessoa. Mas acende-se para que todos os brilhos encantem como um sinal de que a Humanidade ainda resta em cada um de nós.
Óh! que seja! Que sejam estas as nossas ruas que nos restam percorrer....
Óh! que seja! Que sejam estas as nossas ruas que nos restam percorrer....