Queria dizer-te... queria dizer-te as palavras mais bonitas e dóceis deste mundo... sim, porque realmente tu mereces isso e muito mais. Mas também aprendi que não são palavras bonitas que demonstram todo o amor, mas sim aquilo que colocamos nas palavras. E no que te vou dizer coloquei amor, coloquei carinho. Coloquei um pouco de mim, tudo de mim, nada de mim. Estou lá colocada, não para te dizer coisas óbvias como: "amo-te"; "fazes-me feliz"; "fica comigo". Não, essas são as coisas mais banais que te pronuncio todos os dias após o teu bom dia sereno que me acalma a alma. Mas o que te tenho para dizer é mais que isso, é mais a teimosia em querer-te dizer algo que me desenfreia este coração e me faz querer de alguma forma dizer-te tudo, sem ter que dizer, no fundo nada.
Também sei que o silencio é bonito quando a ele sabemos respeitar e ouvi-lo. Pois bem, o meu silencio falado remete-se a ti. À tua força e coragem para entrares e permaneceres dentro dum coração gelado e frio, teimoso que tantas vezes te disse "não" e te renunciou. Pôs-te para trás, para hoje seres o primeiro plano e seres mais que um "copo meio cheio". Podia dizer que és tu que bombeias o meu coração, mas seria a maior lamechice e parvoíce de sempre.
Não pretendo dizer-te coisas lamechas, apenas reconhecer a bravura de conquistar quem difícil permanece ser.
Uma réstia de cacos que alguém partiu, para que tu, pudesses pega-los e amá-los mesmo assim.
Mesmo com mãos frias soubeste aquecer, mesmo com inseguranças soubeste segurar, mesmo com ciúmes soubeste agarrar!
Valente!
A admiração não tem preço, mas tem agradecimento.
365x2 e trono-me ainda mais ignorante nesta matemática ao passar mais 365 e se não forem 366, daqueles bissextos que podem trazer azar, a mim trouxeram-me a imagem do que é ser alguém tão inesperado e admirável aos olhos de alguém.
Julguei-te enganador e que só me trarias enganos e ilusões daqueles como quem engata com tamanha facilidade capaz nunca de se entregar.
Fizeste com que a km admitisse o impensável que era para mim, fizeste-me entregar mesmo sem ainda ter experimentado os teus abraços. Temer o toque próximo e apenas tentar o cordial por achar-me tímida no que diz respeito às coisas parvas do amor. Mal sabia eu que o amor era a cura que faltava para um amor próprio.
Deixaste-me entrar nos teus braços, abraços e envolver-me mesmo quando a minha rosa dos ventos avariou e eu só te tinha como mais próximo do meu norte, não querendo voltar para o sul e nunca saber distinguir os restantes pontos cardeais.
Os meus defeitos tu aceitaste, como se de legumes uma criança não gostasse mas com o tempo entendesse a sua essência.
Passei para mais do que ficar apenas nos teus braços e conheci-te como tu permitiste, desnudo na essência e no calor que tantas vezes me refugiava do gelo que tornava a minha falta de alma.
Deixaste que o tempo corresse e como se os cavalheiros que hoje dizem não existir, em ti encarnassem. Deste-me a conhecer os teus medos de me perder e de te perderes em mim duma forma que me pudesse afastar de ti, mas que só me aproximou quando te tornaste vulnerável e em mim me acolheste como se de tetris se tratasse.
Viajaste em mim, levaste-me a viajar e digo, no verdadeiro sentido da palavr viajamos para conhecer o nosso patriotismo e o melhor de nós.
Até o teu respirar na orelha que tanto me incomodava com qualquer outra pessoa, é o que mais me acalma, o enrolares-me em ti, como se nunca tivesse como ir. É em ti que pertencia e me encaixava.
A ti só te acalma uma respiração torácica enquanto o teu ouvido no meu peito padece, fechas os olhos e dizes que de sonhos nem te lembras, no entanto, todos os dias um sonho é cumprido.
Pronuncias palavras indecifráveis enquanto dormes, pequenos ruídos engraçados e aos mesmo tempo irritantes, reviras-te e dás cabo do meu sono enquanto não paras de te mexer como se tivesses numa guerra com os lençóis. Acordas-me com espontaneidade e dizes-me que o melhor pequeno almoço é feito ao acordar.
Sabes o que te quero dizer? o que ainda falta por viver!
Não vou gastar tudo o que te quero dizer, porque muito mais terei.
Não se trata de lamechice, mas sim de saber que o amor próprio renasceu quando sei que alguém me vê com olhos que eu nunca consegui, que me valoriza como mulher como ainda estou a aprender, que profecia mil uma coisas como se vidente fosse, mas que a única coisa que o faz prever o futuro é a esperança e a crença numa religião que nos arrebatou aos dois, mesmo que tentássemos
A minha religião é não ter e saber que a eternidade é efémera, mas que existe enquanto eu aos teus olhos permanecer.
Suspiro e digo: há muito para dizer e nada para dizer!
As coisas banais dizem-se no dia a dia, o dia de gostar é todos os dias e eu a ti apenas digo: aprendi amar-me quando tu me mostraste que eu tenho tudo para me valorizar!
Entrego-me a ti enquanto me quiseres, deixarei de pertencer a ti quando perderes o brilho que sempre detiveste quando de futebol me atrevi a comentar!
Quem diria: futebol tornou-se uma forma de amar!
Amo-te como quem ama futebol, se não mais do que percebo de futebol!
Chama-se amar o amor e aprender a amá-lo. Como se as desgraças recaíssem sobre o amor, quando é este mesmo amor o que nos salva!
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