sexta-feira, 14 de junho de 2013

Não precisa de apresentações, títulos ou coisa que o valha!


História de amor? outra? já não há as suficientes? Não pretendo escrever nenhuma historia de amor não... Porque não é, quando não há nada que comece sequer, quanto mais que tenha continuidade para ser uma historia de amor. Talvez sobre o amor... Fica à vossa interpretação do que quer que isto seja. Para mim é mais um mero desabafo. Sim... Mais um. Sei que pensas que isto só me faz mal, estes grandes textos, estas coisas todas nas redes sociais, mas eu sinto-me bem assim. É estúpido e tens razão que me faz mal, mas eu sinto-me bem quando o faço. É uma forma de transmitir quando não estou perto de quem eu posso falar sobre tudo e mais alguma coisa.
Não seremos todos assim? Sujeitamo-nos a algo que nos faz terrivelmente mal, mas continuamos sempre lá na batalha contra o parar de sentir mal. Para passar a sentir lindamente... Gostamos de quando isso acontece, no entanto odiamos quando acaba. E acaba sempre... Nunca permanecemos muito tempo na parte boa, nem na parte má.
É tudo uma inconstante da vida e nós somos parvos, seres contraditórios, chatos, sadomasoquistas, porque permanecemos nesta luta da vida.
O Amor é a coisa mais contraditória que faz o ser humano "flipar" completamente, nunca sabemos como havemos de estar perante uma fase: se é uma fase boa, nunca aproveitamos como deve ser, sempre à espreita da má que sabemos que chegará; estamos numa fase má e damos em doidos, derramamos lágrimas, desesperos, esperanças, desabafos, ódios ditos da boca para fora; a fase intermédia e achamos aborrecido e acabamos por perder as oportunidades que tínhamos para aproveitar.
Afinal que queremos nós disto tudo? Que quero eu? Que queres tu? Nunca nos contentamos,nunca nos damos por satisfeitos com o que temos? Procuramos sempre "mais lenha para nos queimarmos"? Aparentemente sim, mas é assim que funcionamos. Num grande e tremendo ciclo vicioso que precisamos para nos mantermos vivos, nesta roda viva que é a Vida: essa tramada e perversa, essa coisa linda que nos mantém a respirar, a sofrer e a sorrir.
Tudo é contraditório, isso já eu percebi... Eu sou contraditória por me habilitar a sofrer e meter estes textos esperançosos, ver filmes que me iludem, a desejar aquilo que não tenho e, no entanto sinto uma necessidade estranha de o fazer, uma forma de expressar  à minha maneira para que alguém compreenda. Sim, eu sei que há alguém algures que compreende.
Tu, para me dizeres isso, tu para teres tanta razão no que dizes é porque já sabes, já desconfias. Todos nós desconfiamos de tanta coisa e queremos mantermo-nos na ignorância para não ser pior.
Afinal de contas sabes... eu sei que sabes.
 Dás-me na cabeça se não faço nada em relação a isso, mas tu mesmo me das sinais contraditórios e também não ages. Então, a acção é só para uns e para outros não?
Não pretendo nenhum Romeu a trepar varandas e a morrer por amores, não pretendo nenhum cavaleiro dos contos de fadas, nem nenhum príncipe, muito menos os homens encantadores que Nicholas Sparks (sem ofensa que continuo a ler-te como grande fã que sou) descreve. Haver há, mas são excepções e poucos.
Eu não pretendo nada perfeito, pretendo sentir-me bem, sentir que sou útil, pretendo que me chamem à razão, que discutam, que argumentem, que precisem de mim... Quero o oposto à perfeição mas sentir que isso é o meu gostinho de perfeição.
Se é para cumprir a minha vida, que seja então... Mas não há criticas nem julgamentos no fim de tudo. Queres acções e não acreditas em desistências, pois é bom que saibas que não há desistir em nada que ainda não tenha começado. É impossível desistir de algo que eu ainda não tenha começado agir...
 E se calhar nunca vou e vou sentir-me uma enorme cobarde, mas os arrependimentos serão só meus. E talvez não me arrependa, porque não sabes, não sabem e ainda nem eu tenho muita a certeza do que vou fazer, mas quando o fizer é porque terei bem assente na minha cabeça todas as hipóteses que poderão advir das minhas acções e todas as certezas de que valerá a pena. Se tiver duvidas e arriscar na mesma, é porque quis, mesmo que não me corra bem, é porque realmente achei que valeria a pena para ganhar a certeza, para me sentir bem com isso, é porque aventurei-me. Portanto, qualquer réstia de arrependimento não pretendo ter, mas se tiver lá terei de lidar com isso.
Não, repito: não é nenhuma história "de" amor, talvez "sobre" amor, ou o raio que o parta!
Escrevo e vou escrevendo... Aqui fica mais uma mesquinhice minha, um mero desabafo, uma CONFISSÃO nas ENTRE-LINHAS, uma ADMIRAÇÃO, um ADMITIR e sobretudo uma indignação por aquilo que me rodeia e porque aquilo que ainda não tive oportunidade de ter ou pelo menos de lutar.

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